E-book Investigação Qualitativa: Inovação, Dilemas e Desafios – Vol. 1
e-book - Investigação Qualitativa (VOLUME 1)

E-book Investigação Qualitativa: Inovação, Dilemas e Desafios – Vol. 1

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De entre tantos livros já publicados sobre Investigação Qualitativa, podemos questionar: por que mais um livro? Que vantagens terão os leitores ao lerem esta nova obra? Fomos motivados ao pensar nos inúmeros investigadores que tencionam desenvolver investigação, nomeadamente qualitativa, mas que no entanto deparam-se com questões e dificuldades inerentes a uma natureza investigativa que tem cada vez mais se afirmado no cenário académico. Fomos impulsionados a reunir num único volume experiências e perspetivas de profissionais renomeados da investigação de Portugal e Brasil que inovaram na criação de programas de formação, métodos, ferramentas metodológicas e de análise. Propomo-nos assim, partilhar experiências e orientações que ajudem a enfrentar desafios e a minorar dilemas, enfrentados por todos aqueles que desejam desbravar os meandros da investigação qualitativa.

Conteúdo

Dado o carácter transversal e pluridisciplinar da Investigação Qualitativa, pretendemos que este livro mantenha uma abrangência multifacetada. Muitos  dos  desafios  iniciais,  ou  desde  que  compreendemos a investigação científica moderna na vertente qualitativa, foram e são enfrentados  com  inovações  teóricas, técnicas  e  ultimamente  com maior enfâse nas soluções tecnológicas.Quando se falava há algumas décadas em investigação qualitativa, em geral pensava-se em dados textuais vindos de entrevistas ou notas de campo, documentos e pouco mais. No entanto, com o surgimento e crescimento das tecnologias da informação e comunicação, temos hoje uma enorme fonte dados multimédia, na forma de vídeo, de áudio, de imagem e inúmeros padrões de interação online que anteriormente não existiam. Estas novas fontes de dados reforçam velhos dilemas, mas despertam novos desafios.
O livro Investigação Qualitativa: Inovação, Dilemas e Desafios  surgiu da convergência de saberes dos oradores convidados e de elementos da  comissão  organizadora  do  2º  Congresso  Luso-Brasileiro em Investigação Qualitativa (CLBIQ2013) que decorreu nos dias 16, 17 e 18 de julho de 2013, no Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, em Portugal. Tal como a ideia promissora do evento, este livro  visa  promover  a  reflexão  em  torno  de conhecimentos,  novas perspetivas,  experiências  e inovações  no  domínio  da  Investigação Qualitativa no quadro das diversas ciências humanas e sociais. Após  este  pequeno  enquadramento,  o  livro  está  dividido em cinco capítulos. 
O  primeiro  capítuloCírculo  Hermenêutico  Dialético  como Carro-Chefe da Metodologia Interativa e Ferramenta para Sequência Didática,  apresenta  a  Metodologia  Interativa  como  uma  nova proposta de pesquisa que privilegia a abordagem qualitativa, defende a  autora  deste  capítulo,  tendo  como  principais  aportes  teóricos  a Complexidade (Morin, 1998 e 2005), a Dialogicidade (Freire, 1987 e 2004),  o  Círculo Hermenêutico-Dialético  (Gadamer,  1998  e 2007), Visão Sistêmica (Vasconcelos, 2004; Bertalanffy, 2008) e no Método de  Análise  Hermenêutica-Dialética  (Minayo,  2004).  A  metodologia adota como carro-chefe para a recolha de dados, a técnica do Círculo Hermenêutico-Dialético (CHD) para a realização de entrevistas, tendo a dialogicidade como fio condutor para estabelecer uma interação entre pesquisador  e  entrevistados. Tratando-se  de  um  processo  dialético, complexo, dialógico e sistémico, a Metodologia Interativa se aplica a diferentes  áreas  de  conhecimento,  podendo  ser  trabalhada  com  os mais variados e complexos temas pertinentes ao domínio das Ciências Exatas,  Humanas  ou  Sociais.  O  capítulo  também apresenta como desdobramento  da  Metodologia  Interativa,  a  aplicação  do  CHD  em contexto de sala de aula, como sendo uma ferramenta para realização de Sequências Didáticas Interativas (SDI).
O  segundo  capítulo,  A  Formação  em  Investigação  Qualitativa:  Notas para  a  Construção  de  um Programa,  indica  o  ponto  de  partida  deste capítulo com uma breve reflexão acerca do lugar e do papel da iniciação à investigação no ensino universitário, mormente no campo das ciências humanas e sociais, tendo em conta as directrizes do processo de Bolonha. Este capítulo reflete sobre os desafios específicos que se colocam a uma iniciação  à  Investigação Qualitativa,  sobretudo  os  problemas  que  têm a sua origem, por um lado, na prevalecente visão positivista de ciência, e, por outro lado, na posição daqueles que dão largas à imaginação e consideram que “tudo é possível”. Em resposta a estes desafios o autor afirma ser necessário uma formação “técnica” que introduza à diversidade de estratégias e de métodos disponíveis para realizar a investigação no terreno.  Este  capítulo  termina  apontando  os  principais  tópicos de  um programa que serviu de base à estruturação de um Manual de Investigação Qualitativa em Educação.
No  capítulo  terceiro “Dilemas”  do  Jovem  Investigador.  Dos “Dilemas”  aos  Problemas,  são  tratados os  vários  dilemas  que  se colocam  aos  investigadores  que  enveredam  por  investigações  de tipo qualitativo: i) como proceder para sistematizar o conhecimento já  produzido  a  partir  de  outros  estudos  de natureza  também qualitativa,  muito  contextualizados,  oferecendo  consequentemente poucas possibilidades  de  comparação;  ii)  dificuldade de  identificar os  caminhos  a  seguir  para  recolher  e analisar  os  dados  e  para interpretar  os  resultados;  iii)  as  modalidades  de  interação  com os potenciais leitores  que  os  investigadores  desejam  associar ao seu conhecimento, comunicando-o e dando-lhe visibilidade; iv) o papel de investigadores e a relação que estabelecem com os participantes no estudo. O capítulo também aborda as incertezas quanto à validade da investigação e à fidelidade dos seus instrumentos de pesquisa. Assim neste capítulo todos estes dilemas convergem para a questão central: o que é a realidade e como é que, o investigador, se posiciona face a ela? Neste contexto, a autora levanta uma outra interrogação: será que estamos a conseguir transformar dilemas persistentes em problemas transitórios, suscetíveis de resolução e característicos de um processo de desenvolvimento epistemológico?
quarto capítuloA Investigação Qualitativa em Teses e Dissertações dos  Programas  de  Mestrado  e Doutorado  em  Educação:  Estado  do Conhecimento, trata os desafios na formação de mestres e doutores, especialmente,  na investigação  qualitativa.   Assim,  na  subárea de  conhecimento  Educação, no  Brasil,  admitem-se  mestrandos e  doutorandos  advindos  de  cerca  de  48  áreas  de conhecimento, cadastradas  pelo  Conselho  Nacional  de Desenvolvimento  Científico e  Tecnológico (CNPq). Isso  ocorre  em  face  de  a  área  de  Educação, vinculada  às  Ciências  Humanas  (bastante  abrangente), ter  em  seus Programas  de  Pós-Graduação  Stricto  Sensu  em Educação  (PPGEs)  a finalidade proposta pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) de formar pesquisadores e professores para atuarem no ensino superior. Este capítulo identifica que grande parte dos profissionais ingressa na subárea de Educação, com pouquíssima (in)formação relativamente à investigação qualitativa o que é refletido diretamente na elaboração de suas teses e dissertações. O capítulo que quem como um dos objetivos oferecer aos interessados informações relativas às investigações consideradas emergentes na área de formação de  professores.  As  indicações  poderão  servir,  sobremaneira,  para os  iniciantes  nos  mestrados  e doutoramentos  na  procura  de  objetos relevantes de pesquisas e demais investigadores da subárea Educação.
Por  fim,  o  quinto  capítuloImportância  do  Questionamento  no Processo de Investigação Qualitativa, aborda o ponto de partida de um projeto de investigação: a elaboração de uma ou mais questões de investigação,  normalmente designado  por  problema  a  investigar. Alguns estudantes não sabem por onde começar e questionam se a pergunta está bem formulada. Diante destas instigações, este capítulo tem como objetivo esclarecer e reforçar a importância da formulação do  problema  e/ou  questão  de  investigação, onde buscar  inspiração para  a  sua  formulação,  quais  os  passos  a  serem  seguidos  na  sua elaboração e qual a sua utilidade durante o processo de investigação. Um dos focos dos autores é sugerir como a utilização de alguns pacotes de software  ajudam o investigador, a partir do questionamento aos dados  já codificados,  mantendo  uma  coerência  interna  durante  a investigação, bem como obter resposta à questão de investigação.
Espera-se  que  este  capítulo  aponte  para  caminhos  inovadores  que possam  apoiar  e  estimular  jovens investigadores,  levando-os  a  dar passos mais confiantes num processo de investigação qualitativa.
António Pedro Costa, Francislê Neri de Souza e Dayse Neri de Souza
Aveiro, julho de 2014

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